O aumento foi percebido em todas as regiões pesquisadas pelo órgão. O Cabo de Santo Agostinho, no entanto, foi que apresentou a maior alta, de 14,12%. Com isso, o conjunto de itens indispensáveis passou de R$ 296,12 para R$ 337,92. O menor acréscimo foi percebido em Caruaru, de 11,28%. Agora, a cesta pode ser encontrada por R$ 322,85. Em abril, o valor era de R$ 290,12.
Na opinião do coordenador geral do Procon-PE, José Rangel, o aumento é um “escândalo”. “Há três anos, percebíamos aumentos de 0,3%. Hoje, os supermercados estão subindo os preços só por acreditarem que a inflação estará maior. No entanto, a inflação estimada para o ano é de 6,5%. Estamos vendo um aumento maior do que o esperado para o ano inteiro acontecendo mês a mês”, criticou.
Nos supermercados pesquisados na RMR, os itens que sofreram maiores aumentos foram os de alimentação e os de higiene pessoal. A variação dos preços entre os estabelecimentos pesquisados também surpreende. O preço do pacote de absorvente, por exemplo, variou entre R$ 0,89 e R$ 2,69, ou seja, 202,25%. Entre os alimentos, a maior disparidade foi a da farinha de mandioca torrada, de 86,52%. Os valores do quilo do produto figuraram entre R$ 3,19 e R$ 5,95.
Para Rangel, os reajustes poderão refletir nos hábitos de consumo dos brasileiros. “O consumidor vai deixar de colocar na sua cesta básica alguns produtos menos necessários e os supermercados perdem com isso”, ponderou. “O jeito é buscar alternativas, usar a imaginação. Substituir produtos caros por outros que fazem o mesmo efeito. É preciso ter criatividade e fazer muitas pesquisas”, opinou.
Por Amanda Claudino
Da Folha de Pernambuco
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