Apesar do valor das despesas declaradas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelos candidatos ao governo do estado Armando Monteiro Neto (PTB) e Paulo Câmara (PSB) serem bem semelhantes (R$ 3,6 milhões e R$ 3,5 milhões, respectivamente), os detalhamentos dos gastos são bem diferentes. O petebista anunciou que 72,7% dos custos (R$ 2,6 milhões) foram com “a produção de jingles, vinhetas e slogans”, já o socialista, cuja música de campanha é cantada por Elba Ramalho, não apresentou quanto gastou para isso. Por outro lado, itens como “publicidade por carro de som” e “locação de bens imóveis” não apareceram nas contas de Armando.
Há outros muitos tópicos que não aparecem na prestação de contas dos candidatos ou só foram apresentados por um deles, mas que é evidente que já estão sendo utilizado neste primeiro mês de campanha. Locação de veículos, publicidade em materiais impressos, contratação de agência de publicidade e decoração de comitês são alguns desses pontos.
“Atividades de militância e mobilização de rua” é o que acarretou o maior número de páginas das duas prestações. Paulo Câmara apresentou 351 CPF’s de pessoas que receberam de R$ 90 a R$ 790 para desempenhar a função, totalizando um custo de R$ 161.100. Um pouco menos, Armando Monteiro, no mesmo item, apontou 315 CPF’s com pagamentos que variam de R$ 55 a R$ 5.600, totalizando R$ 114.600.
O maior percentual de gastos da campanha socialista, 86,2% (R$ 3,05 milhões), foi descrito como “baixa de recursos estimáveis em dinheiro”. O jurídico de Paulo Câmara foi procurado para explicar o item, mas não atendeu nem retornou as ligações.
Do Diário de Pernambuco
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