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quarta-feira, 10 de junho de 2015

Adutora no PE só tem 60% das obras concluídas na data de entrega prevista


Nordeste está passando pelo quarto ano seguido de estiagem. Obra de R$ 1,3 bilhão que estava prevista para ficar pronta este mês está quase parada. Fotos: JN - Reprodução.

O Nordeste está passando pelo quarto ano seguido de estiagem. Em Pernambuco, por exemplo, 115 municípios enfrentam racionamento de água. Uma adutora que deveria amenizar os efeitos da seca no agreste pernambucano estava prevista pra ficar pronta este mês, mas só 60% das obras terminaram.

Dona Cioneide até se lembra quando recebeu água em casa pela última vez.


“Quando a água chegou aqui, minha nora estava com um mês de gravidez, agora a menina dela já vai fazer um ano e de lá pra cá não chegou água de jeito nenhum” conta a costureira Cioneide da Silva Torres.

O racionamento afeta a vida de 1,8 milhão de moradores do agreste pernambucano. A adutora do agreste deveria levar água do Eixo Leste da transposição do rio São Francisco e de outros reservatórios do sertão pra 68 municípios do estado, mas a obra de R$ 1,3 bilhão está atrasada. O governo federal ficou de arcar com 90% dos recursos e o governo estadual com 10%.


“Nós estamos hoje com a falta de repasse de R$ 850 milhões. Essa obra deveria ter seu cronograma concluído em junho desse ano”, disse Carlos Eduardo de Brito Maia, diretor técnico de engenharia da obra.

Sem dinheiro, as obras estão quase paradas. A Companhia de Saneamento de Pernambuco está devendo R$ 25 milhões a fornecedores. Em um dos trechos mais importantes da obra, onde está sendo construída uma estação de tratamento de água, dos 400 operários, só restam 30. Os outros foram demitidos.

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Em uma usina onde era produzido o concreto utilizado na obra. Lá já chegaram a trabalhar seis operários, havia quatro caminhões e duas máquinas. Mas, como a obra diminuiu o ritmo, ela agora está parada. Se essa etapa estive pronta, a população do agreste poderia receber água nos próximos meses.

Enquanto isso, os municípios continuam dependendo dos reservatórios locais. O mais importante da região está com apenas 5% da capacidade. Uma das cidades mais prejudicadas é Santa Cruz do Capibaribe. O rodízio lá é dois dias com água, 28 sem água. Por enquanto, o jeito é pagar pelos carros-pipa.


“Como é que a gente vai lavar nossas roupas, lavar nossos pratos? Tem que ter água pra fazer tudo isso”, disse Carla Maria da Silva, dona de casa.

O Ministério da Integração Nacional afirma que já liberou R$ 430 milhões pra Companhia de Saneamento de Pernambuco – e nega que tenha deixado de entregar dinheiro para obra. A Companhia não tem uma previsão para terminar a adutora.

.Fonte: G1.com.




A namoradinha da cidade

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