Líder do PSDB, Bruno Araújo, afirmou que 'teto' para abertura de CPIs na Câmara chegou ao limite (Foto: Rogério França/Arquivo Folha) |
Mesmo com os indícios de envolvimento da ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, em esquemas de corrupção investigados pela Polícia Federal, os indicativos podem não ser suficientes para abertura de uma nova CPI no Câmara Federal, neste fim de ano. Segundo o líder do PSDB na Casa, o deputado Bruno Araújo, é pouco provável que o “Caso Rosemary” entre na pauta de investigação dos parlamentares em 2012. O motivo seria o volume de pedidos de CPIs na pauta. Na terça (4), parlamentares da bancada do PPS iniciaram o movimento para colher assinaturas para comissão.
Apesar do impedimento previsto no regimento da Câmara, o líder tucano não descarta que o caso possa ser analisado pelos colegas no Senado.
“Politicamente, os fatos ainda são recentes e não teria andamento aqui. É pouco provável que a CPI de Rosemary seja aberta este ano. Na Câmara, há regras que determinam um número de CPIs e tem uma extensa fila. Portanto, é pouco provável os parlamentares terem êxito na Câmara, diferente no senado, onde colegiado é menor e pauta factível”, esclareceu Bruno Araújo, em entrevista à Rádio Folha FM 96,7. “É mais um escândalo que se avizinha do Palácio do Planalto e que será possível avançar no Senado”, acrescentou o tucano.
O deputado Bruno Araújo contestou a tese de que o ex-presidente Lula – pessoa que indicou Rosemary Noronha para o cargo, que tinha relação bastante próxima e gozava da confiança – desconhecia os desmandos praticados pela auxiliar. “Lula é o homem mais poderoso da República nos últimos 12 anos e o que menos sabe. É um contrassenso. Essa história não cola mais. No auge do mensalão, pessoas muita próximas dele praticaram crimes e irregularidades que ele alegou não conhecer. A população não é mais inocente de acreditar que, mais uma vez, o ex-presidente não tinha conhecimento dos fatos”, disparou o líder tucano.
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