(Foto: EFE)
Nas improvisadas peladas de ruas, com as sadálias havaianas escoradas por pedras para simularem as traves, era comum estabelecer um determinado número de gols para limitar a duração das partidas. Era um tal de ‘a barra é de seis, de oito’. Quem chegasse primeiro à marca garantia a vitória.
No moderno Maracanã, a barra foi dez. Aliás, advinhar de quanto seria a peleja Espanha x Taiti foi, inclusive, o mote para bolões Brasil afora. Na redação da Folha PE, ganhou foi Flávio Batista, editor de Esportes.
Sobre o segundo jogo da campeã mundial na Copa das Confederações, pouco se tem a dizer. Vicente del Bosque colocou um time reserva, procurando poupar seus titulares. O Taiti não foi poupado, embora em momento algum tenha havido qualquer tipo de menosprezo sobre a frágil seleção da Oceania.
A partida serviu para fazer de Fernando Torres o artilheiro da competição em apenas um jogo. Foram quatro do ex-cabeludo, hoje careca, atacante do Chelsea. David Villa veio logo depois com três, o outro David, o Silva, dois, e Mata, um.
Dos maiores nomes da equipe, apenas Fábregas e Iniesta participaram da farra, mas entrando nos minutos finais da partida.
Os jogadores do Taiti, apesar da supergoleada, deixaram o Maracanã bastante emocionados. Eles foram aplaudidos de pé pelo torcedor carioca ao final da partida, repetindo o que havia acontecido ao longo do jogo.
Os amadores taitianos puderam viver um pouco daquele sentimento do garoto que, numa pelada de rua, marca um gol e corre com os abraços abertos para o vazio, como se na sua frente existisse uma imensa torcida festejando, gritando em coro o seu nome.
O gol não chegou a ser marcado pelo Taiti, mas eles ficaram com aplausos reais.
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