Senador Eduardo Suplicy (PT) - "Acabou a sessão e chegamos a ir até o Salão Negro para eventual diálogo com o movimento, mas observamos o movimento disperso. Havia informações sobre vidro quebrado na Câmara, e o pessoal da segurança achou por bem não irmos conversar. [...] [O presidente do Senado, Renan Calheiros] está preocupado que todas as ações sejam de não violência, de não agressão. Achamos que uma coisa é liberdade de manifestação, de expressão, que precisa ser garantida, mas essas ações de quebra-quebra nós consideramos graves."
Senador José Agripino (DEM) - “Esta manifestação não é só de Brasília, é do Brasil. É uma manifestação de decepção com o governo, de pressão para que se tomem medidas de combate à inflação. É um protesto da classe média pedindo atenção para o brasileiro que pensa. Isso é democrático, é manifestação própria da democracia. O movimento é mais ou menos ordeiro. São manifestações próprias do regime democrático, que precisam ser entendidas pelo governo.”
Senador Paulo Paim (PT) - "Essa manifestação faz parte do processo democrático. O movimento se espraia por todo o país. Estamos em quatro senadores no Senado, acompanhando as manifestações. Mas é um alerta a todos os governantes, nas esferas municipal, estadual e federal, de que é preciso mais investimentos em políticas públicas, transporte, saúde e segurança. A gente entende que é legítima a manifestação, mas estamos trabalhando na linha de que não se parta para a violência."
Senador Rodrigo Rollemberg (PSB) - “Estou dentro do Congresso, acompanhando a manifestação pela televisão. Havia disposição de fazer mediação com manifestantes, mas houve dificuldade porque não tem uma liderança, apesar de ser um grupo significativo. [...] Claro que não podemos concordar com violência, nem com depredação do patrimônio publico, mas estamos vendo que a maior parte dos manifestantes está agindo de forma pacífica. Esperamos que a polícia evite, de forma pacífica, a invasão do Congresso, mas aguardamos com tranquilidade a saída dos manifestantes.”
Deputado Jair Bolsonaro (PP) - "Eu acredito que nada acontece por acaso. É um movimento que começou com a passagem. Vejo dedo do PT nisso tudo porque adiou o aumento do preço da passagem em São Paulo, mas agora perdeu o controle do movimento. O PT sabe que esse aumento vai influenciar na inflação. Vejo que o governo do PT vai ter dificuldades na próxima eleição. Eu vejo por um lado bom, dá um chega pra lá nessa casta política."
Deputado Jean Wyllys (PSOL) - "Fui um dos primeiros a condenar a criminalização das manifestações. Vejo como um movimento típico da contemporaneidade, organizado pela rede e de objetivos diversos. É um movimento que não tem face, está fora dos partidos e ganha nuances diferentes em cada cidade. O que une todos é a busca por qualidade de vida nas grandes cidades, justiça social e mobilidade urbana. A ocupação do Congresso representa uma insatisfação com os poderes públicos, com os representantes eleitos. As pessoas perceberam as relações espúrias de representantes com empresários que só querem lucrar".
Deputado Marco Feliciano (PSC) - "Como não há mais 'Felicianos' para ser cortina de fumaça ou boi de piranha, a mídia é obrigada a mostrar a real situação do Brasil. Manifestações pacíficas são legítimas, democráticas e bem vindas! A taça da paciência dos brasileiros transbordou! Abaixo aos vândalos!"
magno martins
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