Governador continuará com as agendas nacionais como presidente do partido (Foto: Paullo Almeida/Arquivo Folha)
Por Carol Brito
Da Folha de Pernambuco
A aproximação do governador Eduardo Campos (PSB) como ex-presidente Lula (PT) não altera a vontade da sigla de lançar uma candidatura própria, mas abre cenários como a possibilidade do socialista ser candidato a vice em uma chapa encabeçada pelo líder petista. As conversas são tratadas oficialmente como naturais por correligionários de Campos. “Eduardo e Lula têm uma longa convivência de amizade e PSB e PT tem uma relação histórica. É natural que eles conversem, mas isso não indica nada. Da mesma forma, Eduardo conversa com (o senador e também presidenciável) Aécio Neves (PSDB)”, afirmou o vice-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral.
A avaliação nas hostes socialistas é de que Lula observa com cautela o momento de crise pelo qual passa a presidente Dilma Rousseff (PT). Uma ala da legenda defende que o partido deve esperar a recuperação da gestora e que a queda de popularidade é circunstancial, enquanto outro grupo defende a volta do ex-presidente. Diante deste cenário, a análise é que os petistas vão esperar até o próximo ano para definir o seu candidato dependendo da recuperação da petista.
“Se Dilma for candidata, Eduardo vai de qualquer jeito. Se colocarem Lula, a conversa será outra e é preciso avaliar”, relatou uma fonte socialista em reserva. Haveriam três cenários para serem trabalhados pela legenda: no primeiro Campos é candidato a presidente, no segundo ele seria vice de Lula e no terceiro postularia uma vaga para o Senado. O deputado Beto Albuquerque, no entanto, não acredita que Lula é candidato e diz que “o PSB não é plano B do PT”. A possibilidade do governador lançar candidatura à Presidência da República, no próximo ano, ainda está lançada, mas será tratada com menos alarde devido ao momento de turbulência nas ruas que o País enfrenta. Qualquer movimentação mais explícita visando o pleito presidencial poderia ser vista como oportunismo político.
O gestor continuará fazendo suas agendas nacionais como presidente nacional da legenda com o discurso batido de vencer 2013 e afastando as discussões políticas. Por outro lado, o partido manterá seus seminários por todo o País para fortalecer as hostes partidárias para um provável projeto nacional. No último sábado, o diretório do PSB gaúcho, em reunião, defendeu a candidatura de Eduardo à Presidência. O encontro reuniu 300 lideranças socialistas do Rio Grande do Sul.
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