Há o sentimento que Campos será 2º já em dezembro

Correligionários do socialista indicam mudança próxima (Foto: Humberto Pradera/PSB)
O crescimento exibido – na última pesquisa Datafolha – pelo governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, na corrida sucessória presidencial está deixando animados os seus correligionários. Apesar de quererem evitar a impressão de que algum tipo de salto alto, alguns socialistas ouvidos pelo Blog da Folha revelaram que possuem um sentimento de que o presidenciável do partido ultrapassará o senador Aécio Neves (PSDB-MG) nas pesquisas que deverão ser divulgadas em dezembro. Atualmente, o tucano é o segundo colocado com média entre 21% e 16%. Campos figurou com 15%.

“É algo que deve ocorrer antes do final do ano, nessas pesquisas que serão divulgadas antes do período dos festejos natalinos. Eduardo tem uma margem de crescimento e vai alcançá-la, ou pelo menos uma parte dela, ainda neste ano”, cravou, em reserva, um socialista próximo ao governador.

Outro correligionário de Campos indicou que os 15% exibidos por Eduardo ainda deverão ser muito reforçados pela intenção de voto que era direcionada à ex-ministra Marina Silva, que ingressou há quase 15 dias no PSB. “E isso deve ocorrer porque ela teve uma atitude fantástica e inédita: é a segunda colocada, mas abriu mão de sua candidatura em nome de um projeto já existente. Isso alimentará ainda mais a postulação de Eduardo. Até quem tinha simpatia por Marina mas não iria votar nela, agora, encontrou um motivo”, destacou.

Um terceiro socialista aponta que, além da onda de eventos positivos ligados a Eduardo nos últimos quinze dias, deverá pesar em favor do pernambucano a passividade com que o senador Aécio Neves recebeu a aliança celebrada por Campos e Marina. “O candidato do PSDB assistiu, à distância, a tudo e não conseguiu criar nenhum fato que pudesse minimizar o impacto desse movimento. Ficou parado, e, em política, isso não pode ocorrer”, condenou.

No entanto, os socialistas ouvidos pelo Blog também fazem a análise de que o provável crescimento de Eduardo não deve ultrapassar a casa dos 22% a 25%. Eles entendem que esse patamar só deverá ser deixado para trás durante a campanha eleitoral, e essa só começará em julho.

“Será na campanha que Eduardo Campos exibirá seu melhor desempenho, será lá que ele vai dar o salto para chegar no segundo turno com a presidente Dilma Rousseff (PT), porque é na campanha que o candidato exibe o que pode fazer, como pode fazer. Quem ele é e seus compromissos. Até chegar essa hora, ele ficará aí pelos vinte e poucos pontos percentuais”, atestou.

Apesar de todo o clima e o formato dos atos que assistimos ao longo de todo esse 2013, ainda estamos na fase pré-eleitoral. O TSE tem deixado tudo correr solto. E vale ressaltar que para todos os lados.