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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
Mendonça denuncia vice-líder do PT na Secretaria da Mulher
Foto: Sidney Lins Jr
O líder do Democratas na Câmara Federal, Mendonça Filho (PE), anunciou nesta terça-feira (11/2) que o partido entrou com uma denúncia na Secretaria da Mulher contra o vice-líder do PT, Zé Geraldo (PA).
O governista utilizou a tribuna do plenário para ofender a honra da médica cubana Ramona Rodriguez, acusando-a de ser “vista várias vezes totalmente embriagada” e por "querer se deitar com homens" no município de Pacajá (PA), onde a refugiada atendia pelo programa do governo federal Mais Médicos.
A Secretaria da Mulher é composta pela Procuradoria da Mulher, liderada pela deputada Elcione Barbalho (PMDB-PA); e pela Coordenadoria dos Direitos da Mulher, chefiada por Jô Moraes (PCdoB-MG).
“O deputado Zé Geraldo subiu à tribuna para ler uma nota de um conselho municipal de uma cidade do Pará caluniando, mentindo, diminuindo e falando da intimidade da médica cubana. Falando dos encontros dela. Uma atitude discriminatória que atinge os direitos fundamentais na condição de ser humano da doutora Ramona e atinge os direitos dela na condição de mulher”, denunciou Mendonça Filho.
O município paraense em questão é reduto eleitoral do petista, que ainda acusou a refugiada de ser uma profissional “que não tem como prestar um bom serviço à população”. As declarações foram feitas na última quarta (5/2), logo após ela ter abandonado o programa sob a alegação de ter sido enganada pelos governos brasileiro e cubano e por só receber 10% do valor pago aos seus colegas não-cubanos.
“O cubano não pode ser tido como um ser menor, um ser humano reduzido à condição de 10% de um médico espanhol ou português. O cubano tem que ser tratado com respeito, com dignidade, no mesmo patamar”, defende o democrata.
Na representação encaminhada à secretaria, o partido acusa Zé Geraldo tomando como base a Declaração sobre a Eliminação da Violência contra a Mulher, aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1993. Na definição do manifesto, configura-se como violência baseada no gênero quando “um ato é dirigido contra uma mulher, porque é mulher, ou quando atos afetam as mulheres de forma desproporcional”.
Escrito por Magno Martins,
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