Por Jairo Gomes
O deputado José Augusto Maia (PROS) protagonizou nesta terça-feira (18) uma manobra política que culminou na obstrução da reunião conjunta da Câmara e do Senado. Com isso o veto presidencial que seria posto em votação foi adiado. Foi aberta a discussão, mas temendo a falta de quorum por parte dos senadores, a maneira mais eficaz para o momento foi tomar essa decisão.
O dia começou com várias reuniões e o governo dava mostra que queria de toda maneira que o veto fosse mantido. Na Câmara o sentimento era pela derrubada do veto presidencial, enquanto que no Senado o clima era de incerteza.
Na reunião dos líderes, que aconteceu no final da manhã com a presença da ministra Ideli Salvatti, o governo dava mostras de sua intransigência. A tarde também muitas outras reuniões foram feitas e nada dava mostra que a posição do Planalto seria mudada.
Um impasse quanto a entrada dos emancipacionistas no Plenário Ulisses Guimarães foi resolvido, depois de muitas discussões, pelo deputado Zé Augusto. Ele conseguiu, mesmo com a relutância do presidente da sessão André Vargas (PT), distribuir senhas para que os principais interessados na matéria pudessem acompanhar a reunião.
Vários outros emancipacionistas acompanharam pelo telão no Auditório Nereu Ramos.
Vários deputados e senadores usaram o microfone e unanimemente foram favoráveis a derruba do veto, inclusive desferindo duras críticas à presidenta Dilma Rousseff.
O desfecho, que foi a obstrução da sessão e consequente adiamento foi a melhor maneira encontrada pelo presidente da Frente Parlamentar para criação de novos municípios, para que o veto fosse posto em votação, pois nada garantia que o quorum dos senadores fosse suficiente para a derrubada do veto.
José Augusto virou o jogo aos 48 minutos do segundo tempo e mais uma vez deu novo fôlego a esse projeto e mais uma vez colocou seu nome em evidência, pois todos os olhares no congresso estavam voltados para ele.
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