O líder do Democratas na Câmara Federal, Mendonça Filho (PE), afirmou há pouco que estão cada dia mais nítidas as motivações governistas para engavetar a CPMI da Petrobras. “A estatal se transformou em um placo de negociatas com ramificações para todos os lados, empresas, lobistas e políticos”, disse ao comentar as reportagens publicadas neste sábado (5/4) nas revistas Veja, Época e no jornal Folha de S. Paulo.
As matérias detalham um mega esquema de corrupção na Petrobras com um fluxo organizado e frequente de pagamento de propina para fornecedores que mantêm contratos com petroleira brasileira. Segundo os periódicos, o esquema tem como personagens principais o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da empresa Paulo Roberto Costa, presos na operação Lava Jato, da Polícia Federal. O democrata reafirmou que irá obstruir toda a pauta da Câmara a partir da próxima segunda-feira (7/4) como forma de garantir que a CPMI seja instalada.
“A necessidade da CPMI está cada dia mais imperiosa. O povo brasileiro não pode assistir ao governo agir nos bastidores para impedir ou bagunçar a CPI. Está muito claro que o governo não quer investigar. A Petrobras está dominada por um esquema de corrupção desenfreada e interesses escusos, que tem como chefe da lavanderia o doleiro Alberto Youssef. Só uma CPMI conseguirá aprofundar as investigações”, enfatizou Mendonça Filho.
Além de obstruir a pauta da Câmara na próxima semana, que terá esforço concentrado pré-Semana Santa, o líder do partido anunciou que a oposição articula uma mandado de segurança para garantir o direito constitucional da minoria oposicionista de fazer uma CPI. “A Petrobras se tornou fonte de desvios de recursos públicos e financiamento ilegal de políticos. Vamos insistir na CPMI. A maioria do parlamento quer apuração e não vamos aceitar as manobras do governo para impedir a investigação”, assegurou o deputado pernambucano.
A revista Veja, além do esquema de pagamento de propina, relatou os vários furos encontrados o contrato de compra da refinaria de Pasadena, no Texas, que demonstram claramente que o negócio acarretaria em prejuízos para a estatal brasileira.
Informações da Assessoria.
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