
Na noite de sexta (7), José Loreto se pronunciou sobre a polêmica envolvendo seu trabalho no Carnaval e sua próxima atuação: o ator, que desfilou caracterizado como “diabo” no desfile da Vila Isabel, interpretará Jesus no espetáculo “Paixão de Cristo”, que estreia na Semana Santa, em Recife.
Após uma repercussão negativa, Loreto explicou que o que mais lhe motiva na arte é representar personagens extremos, mocinhos e vilões, e fazer o público rir, chorar e se questionar. Desse modo, ele conta que não se incomoda com a existência do debate sobre interpretar Jesus e uma figura maligna, mas sim o teor de ódio nos comentários e mensagens que recebeu.
“E o pior, a grande maioria da pessoas que vieram com ódio tinham a justificativa do amor e isso não entra na minha cabeça. Por que uma representação de uma lenda provoca tanta fúria?”, disse ele.
Em seguida, José Loreto explica o enredo “Quanto Mais Eu Rezo, Mais Assombração Me Aparece”, que a Vila Isabel levou para a avenida como um convite a um parque de diversões que ajudasse as pessoas a enfrentarem seus medos com alegria.
Na Sapucaí, o ator representou o diabo numa representação de uma lenda irlandesa onde o personagem Jack Lanterna, representado pelo ator Amaury Lourenço, engana o diabo, mas também não é aceito no céu e é condenado a vagar por toda a eternidade.

“Agora me diz, como contar essa história sem ter a figura do diabo? Na Paixão de Cristo tem atores que fazem o papel do diabo tentando Jesus. Através dessas histórias e desses personagens distintos é que a arte exemplifica o que é certo e errado, o que é do bem, o que é do mal, o que faz a gente refletir e evoluir.”
Após contar a história de quando uma senhora pisou em seu pé e reclamou das maldades que seu personagem estava fazendo em uma novela, José Loreto refletiu sobre como o trabalho de atuação convence as pessoas.
“Eu fiz o diabo, mas eu não sou o diabo, eu não gosto do diabo, eu não compactuo nadinha com nenhuma ideia do diabo. Tem personagens, lógico, que a gente se identifica, como é o caso de Jesus. Eu tô muito feliz de interpretar esse grande exemplo daqui a 40 dias e eu tenho certeza que com a minha dedicação e paixão pelo ofício, e por essa história, eu vou convencer vocês também. Mas acreditem desde já: eu não sou Jesus”.

Do gshow
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