O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta dificuldades para melhorar sua relação com o Congresso Nacional e iniciou 2025 com um índice de desaprovação elevado entre deputados e senadores. Segundo uma pesquisa do Ranking dos Políticos, 49,1% dos deputados federais e 46,2% dos senadores avaliam negativamente a gestão do governo federal.
Os dados foram coletados entre os dias 11 e 12 de fevereiro de 2025, por meio de um questionário estruturado aplicado diretamente aos parlamentares ou por contato telefônico. O levantamento ouviu 110 deputados de 18 partidos e 26 senadores de 11 partidos, respeitando a proporcionalidade partidária.
A pesquisa revela que apenas 28,2% dos deputados classificam a atuação do governo como “ótima” ou “boa”, enquanto 22,7% consideram a gestão “regular”. Entre os senadores, os números são ligeiramente melhores: 30,8% avaliam positivamente a administração petista, enquanto 23% a consideram “regular”. Esses índices são semelhantes aos registrados na pesquisa anterior, realizada em julho de 2024, indicando que Lula não conseguiu reverter a percepção negativa dentro do Legislativo.
Relação com o Congresso Nacional
Outro ponto crítico abordado no levantamento foi a relação do governo com o Congresso. Entre os deputados, a maioria expressou insatisfação:
• 64,5% consideram a relação do governo com a Câmara “ruim” ou “péssima”;
• 10% a classificam como “regular”;
• 25,5% dizem que a relação é “ótima” ou “boa”.
No Senado, o cenário é um pouco menos desfavorável, mas ainda preocupante para o Palácio do Planalto:
• 53,8% avaliam a relação como “ruim” ou “péssima”;
• 27% a classificam como “regular”;
• 19,2% consideram “ótima” ou “boa”.
Para o diretor-geral do Ranking dos Políticos, Juan Carlos Arruda, a situação na Câmara dos Deputados é mais delicada do que no Senado, mas o cenário pode mudar com uma reforma ministerial. Segundo ele, essa estratégia pode ser uma ferramenta importante para Lula melhorar sua relação com o Congresso e garantir maior apoio à sua agenda legislativa.
Nos bastidores, há especulações sobre possíveis mudanças no primeiro escalão do governo para acomodar partidos do centrão e reforçar a base aliada, especialmente em um ano crucial para a aprovação de reformas econômicas e sociais.
Com a persistente resistência no Congresso, o governo Lula terá desafios significativos pela frente para garantir governabilidade e evitar entraves na aprovação de seus projetos prioritários.
Nenhum comentário:
Postar um comentário