Web Radio Jataúba com Cristo aperte o Play e curta os melhores hinos do momento.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Clássico pode não contar com torcidas organizadas

 As organizadas estão novamente em xeque. A pedido do promotor Ricardo Coelho, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) solicitou um requerimento junto à Justiça Estadual para proibir as torcidas Jovem, do Sport, e Fanáutico, do Náutico, no clássico de encerramento da Série A do Brasileiro, no próximo domingo, nos Aflitos. O exemplo vem do Campeonato Pernambucano deste ano. Durante as finais, em que o Santa Cruz levou a melhor contra o Leão da Ilha, as uniformizadas foram impedidas de ir a campo. Nos números, o argumento. “Não houve nenhum caso de violência registrado no Juizado do Torcedor”, expõe Ricardo Coelho.
Episódios recentes endossam a solicitação. Em abril, duas mortes foram registradas após enfrentamento entre a Jovem e a Inferno Coral. Há dez dias, integrantes da Fanáutico e da organização leonina anteciparam da pior forma a disputa entre os dois clubes, em uma rixa premeditada para acontecer no Centro do Recife, em plena tarde de uma segunda-feira. “No processo, nós anexamos provas de mais de 800 crimes envolvendo torcidas organizadas. São filmagens realizadas pela Polícia Militar nos últimos cinco anos”, comenta o promotor.
“Não queremos proibir o torcedor de ir ao estádio. Mas impedir o uso de camisas, bandeiras e adereços relacionados às torcidas organizadas e assim dificultar até que haja formação de quadrilha, como nos casos de arrastão com vários integrantes juntos”, justifica Ricardo Coelho. Roubo, furto e lesão corporal são outros crimes frequentemente associados às uniformizadas. “Informações obtidas nas redes sociais apontam que está sendo combinado um encontro entre as torcidas. Isso tudo é monitorado e rastreado pelo Departamento de Inteligência das polícias Militar e Civil”, alerta.
Para a solicitação vigorar, é necessário que a Justiça posicione-se oficialmente até amanhã. A medida está inserida em um contexto mais amplo da atuação do promotor Ricardo Coelho. No início de outubro, o pedido de liminar do MPPE, que buscava proibir em definitivo o acesso das uniformizadas aos estádios de futebol em Pernambuco, foi indeferido pelo juiz Edivaldo José Palmeira, da 5ª Vara da Fazenda Pública da Capital. No entanto, ainda cabe recurso às instâncias superiores. Vale lembrar que decisões semelhantes já ocorreram em outros estados do País, a exemplo de São Paulo, Minas Gerais e Goiás
    

Nenhum comentário:

Postar um comentário