Agência Brasil (Brasília) – A criação de empregos em 2012 foi a
pior em três anos, com a geração de 1.301.842 milhão de postos formais
(com carteira assinada) até novembro. A última vez em que foi registrado
desempenho mais baixo do que o de 2012 foi em 2009, ano da crise
financeira internacional, quando foram abertas 1.397.844 milhão de vagas.
Os dados são referentes à série histórica ajustada do Cadastro Geral de
Emprego e Desemprego (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego
(MTE), divulgada nesta sexta-feira (25).
O salário médio dos trabalhadores brasileiros em 2012, em
contraponto, foi 4,69% mais alto do que em 2011. Em média, no ano
passado, os salários chegaram a R$ 1.011,77, no ano anterior, os
rendimentos somavam R$ 966,45.
“Os números do Caged não são absolutos, não contabilizam os empregos
temporários, por exemplo, que são expressivos. Essa queda na geração de
empregos formais decorre dos efeitos da crise financeira internacional,
que gerou um desaquecimento no mundo inteiro. O Brasil, mesmo assim,
conseguiu responder aos efeitos gerando um saldo positivo. Ainda que não
como nos anos anteriores, atendemos ao crescimento da População
Economicamente Ativa (PEA)”, explicou o ministro do Trabalho, Brizola
Neto.
Segundo ele, a geração de empregos deverá ser retomada em 2013, com a
criação média anual de 2 milhões de postos, favorecida por desonerações
no setor de energia e das folhas de pagamentos, por isenções de
impostos e pela queda da taxa de juros.
Dos empregos gerados no ano passado, a maioria foi no setor de
serviços (666,1 mil), seguido pelo comércio (372,3 mil) e pela
construção civil (149,2 mil). Em contraponto, os setores em que houve
menos abertura de vagas foram o da administração pública (1,4 mil), o da
agropecuária (4,9 mil) e a dos serviços industriais (10,2 mil).
“Com a proximidade dos grandes eventos internacionais, esperamos mais
crescimento ainda dos serviços. A superação da crise internacional
também deverá melhorar o desempenho da indústria”, informou o ministro
Brizola Neto. Os 1,3 milhão de empregos gerados em 2012 foi resultado da
contratação de mais de 21,6 milhões de pessoas e da demissão de 20,3
milhões. O secretário de Políticas Públicas de Emprego do MTE, Rodolfo Torelly, informou que esses números indicam a rotatividade da mão de obra no país.
“Desses 20,3 milhões de pessoas que se desligam dos empregos, cerca
de 7,5 milhões recorrem ao seguro-desemprego, o que onera ainda mais a
Previdência”, disse o secretário. Em dezembro de 2012, foram 1,2 milhão
de pessoas admitidas e 1,7 milhão demitidas. Os estados com mais
desligamentos nesse mês foram São Paulo (551,7 mil), Minas Gerais (57
mil) e o Paraná (43,2 mil).
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