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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Economist compara sistema prisional brasileiro à idade média



O vídeo que mostra presos decapitados no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, no Maranhão, acordou “muitos brasileiros para o inferno de suas prisões”, que são “lotadas, violentas e brutalizantes”, afirma a revista The Economist na edição desta semana, juntando-se aos inúmeros veículos internacionais que criticaram o sistema penitenciário brasileiro após a divulgação das sangrentas imagens.

A reportagem, intitulada “Bem vindo à idade Média”, explora em números os vários desafios para os presídios do país, que não cumprem nenhuma das funções esperadas de centros de detenção. “Isso empurra os índices de reincidência para acima de 60%, dando início a um medonho ciclo”, afirma a publicação britânica.

Além da superlotação – mais de 550 mil presos em espaço disponível para cerca de 300 mil – a mudança da legislação que diferencia o consumo do tráfico de drogas, sancionada em 2006, ajudou a encher as penitenciárias. Entre 2005 e 2012, os detidos por tráfico passaram de 33 mil para 138 mil, segundo a Economist.

“Um hippie de pele clara fumando maconha na praia é um usuário e deixado em paz. Já um morador de favela de cor escura acendendo um bagulho é jogado na cadeia", diz à revista Lucia Nader, da ONG Conectas.

Casos de celas com 62 presos onde deveriam haver 12, com turnos para deitar e dormir, estão entre os relatos publicados. Sobre o poder público, parte da dificuldade é atribuída ao fato de que as cidades não querem receber presídios e os governos estaduais comumente não usam os fundos de recursos federais que têm disponíveis.

Exame.

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