A julgar pelos números da pesquisa do Ibope, de 13 a 15 de junho, a vitória de um postulante oposicionista não aconteceria neste momento. De fato, Dilma abre 13 pontos de diferença contra Aécio Neves (43% a 30%) e 16 pontos contra Eduardo Campos (43% a 27%), em simulações de segundo turno, se esta etapa acontecesse agora.
Naturalmente que essa situação numérica tende a se alterar na medida em que apenas um dos concorrentes da oposição vai para a disputa final e pode se beneficiar de parte da migração de votos derivada da união mencionada no parágrafo anterior.
Há que se considerar, também, uma fonte importante de garimpo de votos, disponível para os dois campos que atravessarem a barreira do segundo turno: o contingente dos que manifestaram desejo de votar em branco ou anular o voto, ou simplesmente se declararam indecisos (entre 27% e 30%, no total, na pesquisa do Ibope).
Então, o ponto de vista numérico, apenas de conjugação de forças, não é suficiente para explicar uma eventual vitória de um candidato oposicionista no segundo turno.
A transferência de votos nunca é total, o que significa que parte dos votos da oposição vai para a situação, e o não-voto pode ser conquistado pelos dois lados.
O argumento convincente de que são grandes as chances da oposição ganhar este pleito no segundo turno reside num aspecto emocional: o sentimento de mudança.
Este aspecto pavimenta o caminho para uma maior migração de votos em direção ao candidato opositor e lhe abre, também, maior espaço de conquista do não-voto. A íntegra deste artigo, do professor e consultor Maurício Romão, você confere no menu Opinião. Vale a pena!
Escrito por Magno Martins
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