A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) condenou, na noite de ontem (19), a agressão contra pelo menos 17 jornalistas durante a Copa do Mundo, e pediu que as autoridades esclareçam estes “atos de violência” e se mantenham atentas. A SIP, com sede em Miami, ressaltou que, entre os dias 12 e 18 de junho, jornalistas foram agredidos enquanto cobriam as manifestações contra a realização do campeonato no país.
"Preocupa-nos que enquanto estejam no cumprimento de seu ofício, dezenas de jornalistas fiquem feridos e limitados em seu trabalho, na maioria dos casos por forças de segurança", assinalou o presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação da SIP, Claudio Paolillo.
Segundo dados da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), em 15 casos de agressão contra jornalistas a Polícia Militar esteve envolvida por uso excessivo de força. A Abraji assinalou que desde o início dos protestos, em maio do ano passado, foram reportados 190 atos de violência contra jornalistas.
De acordo com a SIP, as agressões foram contra profissionais brasileiros e estrangeiros, de veículos de comunicação do Brasil e de agências internacionais, nas cidades de São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Fortaleza.
Paolillo, que também é diretor da revista uruguaia “Búsqueda”, lamentou que atos de agressão continuem acontecendo, “apesar das distintas medidas adotadas por organizações de imprensa para garantir a segurança dos jornalistas e declarações oficiais que ratificam o princípio de não violência contra a imprensa”.
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