O diretor comercial do Lafepe, Oseas Moraes, pai do deputado estadual Diogo Moraes (PSB), se chamou atenção da imprensa pernambucana ao barrar a entrada de deputados estaduais de oposição às dependências do Lafepe.
Confira matéria do Jornal do Commercio:
Numa tentativa de inspeção-surpresa para averiguar denúncias de ociosidade e condições sanitárias de produção e desabastecimento nas farmácias da estatal, quatro parlamentares da oposição estadual, na Assembleia Legislativa de Pernambuco, foram impedidos de entrar, no início da tarde desta quinta-feira (14), no Laboratório Farmacêutico de Pernambuco (Lafepe), no bairro de Dois Irmãos.
Apesar da imunidade parlamentar e o direito de livre acesso para fiscalização, assegurado pela Constituição, os deputados Daniel Coelho (PSDB), Terezinha Nunes (PSDB), Betinho Gomes (PSDB) Severino Ramos (PMN) foram barrados pelo diretor comercial do Lafepe, o ex-deputado estadual Oséas Moraes (PSB).
O dirigente argumentou que os deputados não marcaram a visita com “antecedência”, dispôs-se a receber a comitiva e marcou para a tarde de amanhã (sexta). “Para entrar em locais de produção são necessárias roupas especiais. Receberemos vocês, com prazer, amanhã”, argumentou para a comitiva Oséas, que é pai do atual deputado da base governista, Diogo Moraes (PSB).
“Não viemos para uma reunião planejada. É falta de respeito para conosco”, indignou-se o deputado Betinho Gomes.
Como o sentido da blitz da oposição é flagrar irregularidades, atrasos em ações e deficiências do governo, os oposicionistas afirmaram que não aceitarão uma visita marcada. “Legalmente, nós temos direito de entrar. Até nos hospitais temos a prerrogativa para fiscalizar. Por que no Lafepe, não?”, questionou Terezinha Nunes. “A gente espera que não seja uma orientação do governo estadual, mas só da direção do Lafepe. Essa situação de acesso a prédios públicos tem de ser discutida pela Assembleia”, projetou Daniel, líder da oposição.
Ao visitarem a farmácia do Lafepe da Rua da Imperatriz, cento do Recife, os deputados constataram a falta de inúmeros medicamentos nas prateleiras, comprovando denúncia de desabastecimento que é feita desde agosto do anos passado. Dos mais de 50 medicamentos da relação que a farmácia deveria distribuir, apenas 12 estão sendo vendidos regularmente. “Está bem clara a decadência do Lafepe há mais de quatro anos. Há uma descaso com as farmácias”, acusou o deputado Ramos.
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