LUCIANO VAZ/FOLHA PE
Os pernambucanos que prestigiaram o primeiro duelo da Copa das Confederações na Arena Pernambuco até que tentaram torcer para o Uruguai, quando o juiz japonês apitou o início da partida. A motivação vinha de um costume antigo de escolher sempre o time mais fraco. De sonhar com a vitória sofrida, que dá aquele bônus final na comemoração.
Mas, foi por pouco tempo. Muito pouco, na verdade. Logo, foram envolvidos pela seleção espanhola. Assim como o Uruguai, que não conseguia nem ver a cor da bola. Foi assim desde o primeiro minuto de jogo, onde a Espanha deu aos mais de 41 mil torcedores presentes a oportunidade de ver de perto o futebol mais eficiente dos últimos anos, dono de um toque de bola surreal, que quebra qualquer esquema tático e envolve quase todos adversários.
(Jedson Nobre)
O primeiro levante na Arena aconteceu aos nove minutos. Foi o suficiente para a Espanha mostrar o seu poder. Depois de uma jogada construída com 13 troca de passes, a bola foi parar nos pés de Fábregas, que dominou e bateu com estilo na trave esquerda de Muslera. Que jogada! Só faltou o gol (que viria logo em seguida).
Dali pra frente os gols sairiam da forma mais natural possível, de um time que parece não ser de humanos. Sem pena, os espanhóis massacravam os uruguaios. O que já era esperado, mas foi confirmado no mais alto nível por uma das principais seleções da história do futebol mundial.
O time só voltou a ser “de pele e osso” no segundo tempo, quando já tinha dois gols de vantagem. Mesmo assim, não sofria sustos. O Uruguai até passou a chegar com mais volume ao ataque, e a Espanha já não levava o mesmo perigo na frente. Contudo, a posse de bola, agora um pouco menos, continuava sob o domínio europeu.
(Diego Nigro)
Domínio representado nos mais de 70% de bola registrados a seu favor no final da partida. No apagar das luzes, o atacante Luis Suárez diminuiu numa cobrança de falta, quando ninguém esperava. O que serviu não só para alegrar a grande torcida presente, mas como também comemorou a luta dos atletas na partida.
Com o apito final, um placar que não representou a diferença técnica entre as equipes. A superioridade da Espanha demonstrada na partida e o começo arrasador da seleção apontada como favorita ao título da Copa das Confederações, sem dúvida, só a faz ser credenciada ainda mais como tal.
1 – Depois de uma jogada construída com 13 troca de passes, a bola foi parar nos pés de Fábregas, que dominou e bateu com estilo na trave esquerda de Muslera, aos nove minutos.
2 – Pouco mais de cinco minutos depois, em mais uma bela jogada da seleção espanhola, Iniesta por pouco não abriu o placar.
3 – Como já era tempo, a Espanha chegou ao seu primeiro gol na partida. Após escanteio, a bola sobrou para Pedro, que mandou uma bomba de primeira e viu a bola desviar em Lugano antes de enganar Muslera e balançar as redes da Arena Pernambuco.
(Diego Nigro)
4 – Aos 26 minutos o jogo teve um momento de tensão isolado, quando Cavani deixou o braço no rosto de Sérgio Ramos e recebeu amarelo. Os jogadores chegaram a trocar alguns empurrões e mais duas faltas duras aconteceram na sequência do lance. Porém, o juiz retomou o controle da partida rapidamente e o clima esfriou.
5 – Piqué quase marca. Xavi cobra escanteio da esquerda, Piqué completa para o gol de direita e Muslera faz grande defesa. Na sobra, o próprio zagueiro da Espanha manda por cima do gol.
6 – Finalmente o Uruguai chegou com perigo no gol da Espanha, aos 28. Como não poderia ser diferente, após uma cobrança de bola parada, onde Suárez levantou na área e Cavani desviou de cabeça. Mas Casillas defendeu bem.
(Diego Nigro)
7 – Numa das poucas vezes que o Uruguai tentou se lançar ao ataque, a Espanha roubou a bola e iniciou um contra-ataque da sua defesa. Com participação efetiva de Iniesta, a bola foi parar nos pés de Fábregas, que, num drible de corpo, tirou os seus marcadores e lançou Soldado, para fazer 2×0.
8 – Quando a partida já havia esfriado, a torcida pedia a entrada do uruguaio Fórlan, na metade do segundo tempo, ainda com a esperança de uma reação. O atacante colorado até foi acionado, mas pouco pôde fazer e foi uma peça nula em campo.
9 – Aos 30 minutos do segundo tempo, o placar nas finalizações apontava uma diferença de 14 x 3 para a Espanha, que ainda possuia mais de 70% de posse de bola.
10 – Nos últimos minutos, o atacante Luis Suárez surpreendeu e marcou um golaço de falta que diminiu o brilho da vitória da Espanha e serviu de consolo aos uruguaios.
ESPANHA 2×1 URUGUAI
ESPANHA
Casillas; Arbeloa, Piqué, Ramos e Alba; Busquets, Iniesta, Xavi (Martinez) e Fábregas (Cazorla); Pedro (Juan Mata), e Soldado. Técnico: Vicente Del Bosque
URUGUAI
Muslera; Pereira, Lugano, Godín e Cáceres; Diego Pérez (Forlan), Gargano (Lodeiro), Rodriguez e G.Ramírez (Gonzalez); Suárez e Cavani. Técnico: Oscar Tabárez
Árbitro: Yuichi Nishimura (JAP)
Assistentes: Toshiyuki Nagi (JAP) e Toru Sagara (JAP)
Gols: Fábregas, Soldado (E) e Suárez (U).
Cartões Amarelos: Piqué, Arbeloa (E), Cavani e Lugano (U)
Público: 41.705
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