PAULO HENRIQUE TAVARES
A superioridade espanhola acabou bem assimilada pelos rivais uruguaios. O resultado negativo, acumulado ontem na partida de estreia da seleção, na Copa das Confederações, não teve o comum gosto amargo. Humilde, o técnico Óscar Tabárez afirmou que a equipe perdeu quando tinha de perder. E ainda se mostrou satisfeito pela luta demonstrada pelos jogadores, na partida da Arena Pernambuco.
Antes de colocar a equipe em campo, o comandante uruguaio sabia que a partida contra a Espanha teria um caráter perigoso para o futuro da seleção na Copa das Confederações. “Sabíamos que existia a possibilidade de derrota. Se uma equipe ganha de goleada da Itália, porque não ganharia do Uruguai”, disse o treinador. “A Copa das Confederações é uma competição ainda pendente para os espanhóis. Eles estão muito motivados para conquistar a taça. E mostraram isso em campo”, completou.
A leitura de jogo do técnico uruguaio acabou recheada em elogios para o futebol desempenhado pelos espanhóis. “Nossos adversários foram muito superiores durante toda a partida. Essa postura justificou a vitória”, afirmou. “Nós não tivemos organização. Conseguimos o gol no segundo tempo porque acabamos apelando para a vergonha e para a honra. Creio que acabamos recuperando a nossa imagem como profissional”, contou o comandante uruguaio.
A Espanha terminou o jogo com 77% de posse de bola e nove chutes que exigiram trabalho de Muslera. Já os uruguaios conseguiram apenas duas conclusões. “Poderia ter sido muito mais catastrófico para nós. Mas a vontade apresentada no segundo tempo é um mérito que levamos do jogo”, falou Oscar Tabárez.
O primeiro gol da Espanha acabou tendo um jogador uruguaio como participante. O zagueiro Lugano desviou uma bola chutada pelo meia Iniesta, e tirou todas as chances de o goleiro Muslera de praticar a defesa. Assim como Oscar Tabárez, o defensor acabou admitindo a superioridade espanhola. “Tentamos defender. Procuramos encontrar um esquema ideal durante o jogo. Mas, tivemos dificuldades. Eles foram superiores. Temos de admitir”, disse.
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