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quarta-feira, 30 de abril de 2014

Marina: "Lula é uma espécie de bala de prata do PT"


Estadão Conteúdo.

A ex-ministra Marina Silva (PSB), provável vice na chapa encabeçada pelo ex-governador Eduardo Campos (PSB) ao Palácio do Planalto, disse, nesta terça-feira (29), em Salvador, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é uma “bala de prata” que o Partido dos Trabalhadores possui e que isso é inquestionável. A declaração se deu em resposta a uma pergunta sobre eventual candidatura do petista, face às seguidas quedas na popularidade da presidente Dilma Rousseff (PT), que deverá concorrer à reeleição em outubro próximo.

"O problema é que a bala de prata não pode falhar, quando ela falha, tudo desmorona. O presidente Lula tem que avaliar e o próprio PT tem que ver. Se eles acham que o governo da presidente Dilma Rousseff está tão ruim, se acham que foi um erro tê-la como candidata, eles farão uma substituição. Caso contrário, irão apoiá-la", analisou Marina.

Segundo ela, no Partido Socialista Brasileiro não existe a lógica de oposição por oposição. "Vamos firmar uma posição com Lula ou com Dilma. Não me preocupo com adversários, prefiro me preocupar com a obrigação que temos de não nos omitir diante dos erros que vêm sendo praticados", disse a ex-ministra, fazendo referência, entre outros, aos escândalos envolvendo a Petrobras.

A candidata a vice afirmou ainda convicção de que a eleição presidencial deste ano será decidida em segundo turno e deu uma espetada na atual presidente, ao dizer que o povo brasileiro tem sabedoria e não daria uma vitória em primeiro turno a quem "contribuiu para a elevação da inflação, das taxas de juros e para o baixo crescimento econômico do país".

Segundo ela, caso as eleições fossem decididas em primeiro turno, seria uma demonstração de que o povo estaria afirmando e reafirmando os erros praticados nesse governo, e o povo é sábio. 

Marina reforçou que o país atravessa um momento de crise e voltou a citar a Petrobras. "Num momento desses não se define uma eleição em primeiro turno", insistiu.

Marina discordou da avaliação feita pelo presidente Lula de que o julgamento do mensalão teve "80% de decisão política e 20% de decisão jurídica". Para ela, a sociedade e o Supremo Tribunal Federal já deram o seu parecer sobre o dolo. "Agora não cabe fracionar os 100% que o povo e o STF decidiram. O que cabe a partir de então é encontrar mecanismos para que o erro não se repita", opinou.
Escrito por Magno Martins

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