Principais personagens do jogo de hoje comemoram a primeira vitória (Foto: Divulgação/Santa)
WILLIAM TAVARES/FOLHA PE
Eram sete jogos sem vencer. Agora, são oito sem perder. Depois de sete empates consecutivos, o Santa Cruz finalmente venceu sua primeira partida na Série B do Campeonato Brasileiro. Foi preciso pouco mais de 720 minutos de luta no campeonato para o clube obter, enfim, o resultado positivo. A vitória de 2×0 sobre o Boa Esporte dá motivação para o próximo confronto, sexta, contra o Joinville. Jogo este onde o clube terá seu maior reforço: a presença da torcida tricolor.
A previsão que o técnico Sérgio Guedes fez antes do duelo – de um Santa indo para cima e um Boa Esporte jogando nos contra-ataque – aconteceu no início da partida. O Tricolor dominou nos primeiros minutos e criou duas boas chances de marcar. O problema é que elas não caírem no pé de alguém acostumado a balançar as redes. Foi Memo quem esteve perto de abrir o placar. O marcador parou duas vezes no goleiro Leandro, em uma cabeçada no cantinho e em um chute forte na cara do gol.
Faltava a bola encontrar os pés de um atacante. Aos 24, ela chegou e com bastante qualidade. Léo Gamalho serviu Pingo na medida. O velocista tinha somente o goleiro na sua frente. O chute cruzado saiu triscando a trave esquerda.
O Santa passou a dar espaço no meio-campo e o antes encurralado Boa ganhou volume de jogo. Pelo lado direito, o lateral-direito Maranhão e o camisa 10 Pedrinho tinham trânsito livre para atacar. O meia, inclusive, acertou dois bons chutes de fora da área, obrigando Tiago Cardoso a trabalhar.
Aos 43, Nininho se lançou ao ataque. Tabelou com Pingo – com direito a toque de calcanhar do atacante – e ensinou aos tricolores o que é uma finalização certeira. Toque por cima do goleiro e bola na rede: 1×0.
A partir daí, o pensamento coral era um só: evitar os erros que antes propiciavam os gols de empate. Segurar o jogo e quem sabe aproveitar um contra-ataque para ampliar a vantagem era a meta. O Boa voltou pressionando e Tiago Cardoso, sempre ele, evitou o empate precoce. Aos 8, o goleiro salvou uma cabeçada forte do xará Carvalho.
Danilo Pires, Carlos Alberto e Pingo eram as válvulas de escape na hora de contra-atacar em velocidade. Não era por falta de posse de bola que o Santa não ampliava. O pecado estava em como encaixar as jogadas. Quando dava certo, quando Léo Gamalho chegou à cara do gol, as finalizações paravam no goleiro.
Aos 31, o Santa liquidou o jogo. Danilo Pires foi derrubado na área. Pênalti cobrado e convertido por Betinho. Dali por diante, foi só esperar o apito final para comemorar a primeira vitória na Série B.
Ficha:
Boa Esporte 0
Leandro; Maranhão, Thiago Carvalho, Mateus e Marinho Donizete; Moisés Ribeiro, Betinho(Marcão), Pedrinho e Malaquias (Denner); Fábio Júnior e Diego(Michel). Técnico: Nedo Xavier.
Santa Cruz 2
Tiago Cardoso; Nininho, Everton Sena, Renan Fonseca e Renatinho; Sandro Manoel, Memo, Danilo Pires e Carlos Alberto (Adilson); Pingo(Emerson) e Léo Gamalho(Betinho). Técnico: Sérgio Guedes
Local: Estádio Melão (Varginha/MG)
Árbitro: Braulio da Silva Machado (SC)
Assistentes: Angelo Rudimar Bechi e Rosnei Hoffmann Scherer (ambos de SC)
Gols: Nininho (aos 43 do 1ºT) e Betinho (aos 31 do 2ºT)
Cartões amarelos: Malaquias, Diego (Boa Esporte); Pingo, Léo Gamalho, Carlos Alberto (Santa Cruz)
Renda e público: Não divulgados
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