A decisão do TSE de abrir a ação que pode anular as eleições de 2014 empurrará mais o PMDB para o barco do impeachment, avalia a cúpula do partido. Isso porque, na hipótese de cassação do diploma eleitoral da presidente Dilma Rousseff, o vice Michel Temer também seria atingido. "Melhor perder Dilma do que perder Dilma e Michel", diz um peemedebista. O julgamento seria um instrumento de pressão sobre os que ainda estão reticentes em relação ao impeachment.
A ação do TSE, portanto, pode mudar todo o cenário político em Brasília, independentemente de seu desfecho. O partido espera a indicação do relator do caso, na semana que vem, para calcular os próximos passos.
O Planalto teme a escolha de Gilmar Mendes para a relatoria. Próximo a dirigentes do PSDB, o ministro tem feito críticas contundentes ao PT. Apesar dos petardos, a defesa de Dilma não pretende pedir a suspeição do juiz, como fez no TCU em relação a Augusto Nardes.
Se o TSE reunir em uma só as quatro ações que tramitam na corte contra a presidente, como devem pleitear os petistas, os advogados de Dilma consideram mais fácil manter a relatoria longe das mãos de Gilmar Mendes.
De Natuza Nery, hoje na coluna política da Folha de S.Paulo:
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