Joaquim frustra o País
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, frustrou o País ao recuar na prisão dos mensaleiros, pedida pelo procurador-geral da República.
A sociedade brasileira já contava, pela forma corajosa como ele produziu o seu relatório, que os réus do maior escândalo da era Lula fossem passar o Natal no xadrez. Uma decepção e tanto!
Certo de que não escaparia do destino de passar o Natal vendo o sol nascer quadrado, o ex-ministro José Dirceu se antecipou e ontem mesmo anunciou que se entregaria, para não passar pelo constrangimento de sair algemado de casa e levado no camburão da Polícia Federal direto para a cadeia.
Graças a Barbosa, na condição de relator implacável e brilhante, o julgamento mais longo da história do País se completou de forma brilhante, com 27 dos 36 réus condenados. O próprio Dirceu foi condenado a 11 anos de prisão.
Foi o ex-capitão do time de Lula que comandou tudo, planejou tudo, o mentor do esquemão, que passava pela compra do voto dos parlamentares aos projetos de interesse do Governo no Congresso Nacional.
Dirceu montou uma quadrilha, com alicerce até na presidência da Câmara dos Deputados, envolvendo o então presidente da Casa, João Paulo Lima, do PT de São Paulo. Dirceu passou a vida inteira negando a existência do mensalão, assim como Lula, que até hoje diz que foi uma invencionice da Imprensa e da oposição.
O Supremo Tribunal Federal, entretanto, diante das provas cabais em seu poder, não tinha outra decisão se não optar pela condenação dos mensaleiros. Pena que o Brasil não tenha visto, ontem, nos telejornais, as imagens de Dirceu e sua quadrilha sendo levada para a prisão.
Ficou a sensação, com o infeliz recuo de Joaquim Barbosa, que chegou a ensaiar que decretaria a prisão dos condenados, de que o Brasil vai continuar sendo visto lá fora como o País no qual cadeia existe apenas para preto, pobre e puta.
por magno martins
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