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segunda-feira, 18 de novembro de 2013
Já rebaixado, Náutico briga para não ficar marcado negativamente
A tortura está acabando. Enquanto muitos alvirrubros já sonham com o fim desta Série A para recomeçar a juntar os cacos para o ano que vem, o Náutico vai chegando aos passos final do seu calvário e praticamentre se despedindo de sua torcida nesta desastrosa temporada. Neste domingo, diante do Bahia, às 18h30 (do Recife), o time faz o seu penúltimo jogo na Arena Pernambuco em 2013, onde conquistou apenas duas vitórias neste Brasileirão, diante de Internacional e Coritiba, e uma pela Sul-Americana, contra o Sport, por 2×0. No mais, empatou duas e perdeu 11 vezes. Essa “maldição da Arena” parece mesmo afetar o Timbu, que se despediu dos Aflitos no dia 2 de junho, com um empate por 2×2 diante da Portuguesa.
A grande realidade é que a nova casa alvirrubra ainda parece um campo neutro. E com a vexatória campanha na disputa, a ausência da torcida faz isso ficar mais claro ainda. Após o último jogo em casa, na derrota para o Criciúma, o treinador Marcelo Martelotte comentou a sensação de ver poucos mais de 2.500 torcedores num local que comporta quase 45 mil. “A sensação é que estávamos jogando num campo neutro. Não culpo o torcedor, pois o time é o grande culpado disso, mas olhar a grandeza da Arena e ver tudo vazio desmotiva um pouco. Os jogadores sentem e assim você perde o grande benefício de jogar em casa, que é o apoio”, explicou o técnico.
O “abandono” do torcedor alvirrubro é compreendido pelos atletas. Com apenas 17 pontos ganhos, a prioridade do elenco de Rosa e Silva é outra e parecia bem simples, mas vem se transformando numa missão quase impossível: fazer um ponto e não entrar para os registros como a pior campanha da era dos pontos corridos, juntamente com o América/RN. A última vez que o Timbu pontuou foi no dia 1 de outubro, na 25ª rodada, quando bateu a Ponte Preta e aí pronto: o time teria 13 jogos para fazer um pontinho e deixar essa marca negativa somente no colo dos potiguares.
Eis que o Náutico emenda uma sequência de nove derrotas e agora luta com unhas e dentes por esse “pontinho precioso”. “Esses 17 pontos incomodam demais. Falo com o pessoal no vestiário para marcar esse ponto e deixar a pior campanha para o América. Não quero essa mancha para o clube. Toda vez que leio sobre isso me dá um nervoso”, disse o volante Derley, um dos atletas do atual elenco commaior identificação com o clube. Sincero e autêntico como sempre, o volante alvirrubro já planeja a Série B do ano que vem. “Estou torcendo para Fluminense e Vasco ficarem na Série A. Caso ele caiam, são duas vagas a menos”, encerrou Derley.
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