GUSTAVO LUCCHESI/BLOG DE PRIMEIRA
Avesso aos holofotes, o maior jogador pernambucano da história se despediu dos gramados neste final de semana. O anúncio oficial de Rivaldo foi tão discreto como foi o atleta nesses 22 dedicados ao futebol. Após 900 jogos disputados, completados no último domingo (09), contra o São Bernardo, Rivaldo Vitor Borba Ferreira encerrou sua trajetória como jogador profissional aos 41 anos.
Mais do que um grande jogador, Rivaldo foi um vencedor. Canhoto e com uma classe fora do comum, ele prezava pela eficiência, pela objetividade, abdicando da plasticidade na maioria das vezes. Jogava com a cabeça erguida, tendo uma visão de jogo excepcional. Errar passe não era comum e o chute era poderoso.
Na última Copa do Mundo conquistada pelo Brasil, em 2002, Rivaldo foi tão importante quanto Ronaldo Fenômeno, artilheiro do torneio. O pernambucano foi decisivo em jogos contra Bélgica e Inglaterra, além da final, contra a Alemanha. Foi dele o chute que resultou na falha de Oliver Kahn e o primeiro gol de Ronaldo, e também foi dele o corta-luz para o segundo tento, também do Fenômeno.
Tímido e discreto, nunca teve a mesma mídia que Ronaldos Gaúcho e Fenômeno ou outras estrelas do futebol. Natural de Paulista, Rivaldo começou no Santa Cruz, seu time de coração. Passou por Corinthians e Palmeiras, tendo feito parte daquele Verdão de 1996, conhecido por ter marcado mais de 100 gols no Paulistão. Era uma verdadeira seleção. Em 1999 foi eleito o melhor jogador do mundo.
Por tudo o que fez pelo futebol, Rivaldo merecia uma despedida mais pomposa. Porém, foi do jeito dele e que seja feita a vontade desse craque, monstro sagrado do futebol.
Obrigado por tudo, Rivaldo.
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