Nas primeiras horas de greve dos policiais militares e bombeiros em Pernambuco, na noite desta terça-feira (13), o medo imperou. Com a ausência da força de segurança nas ruas, ameaças e boatos de arrastão e homicídios rapidamente se alastraram nas redes sociais. A equipe de reportagem do Diario de Pernambuco circulou pela cidade e constatou que boa parte dos postos de policiamento comunitário, que normalmente são ocupados por dois soldados em regime de plantão, estavam fechados. Além disso, poucas viaturas foram vistas fazendo ronda.
O cenário de abandono policial foi encontrado nos postos da Rua Mariz e Barros, do Cais de Santa Rita, do Marco Zero, da Academia da Cidade de Santo Amaro e da Agamenon Magalhães. Segundo os moradores, os militares saíram por volta das 20h40 e deixaram até mesmo as janelas das unidades abertas.
Em contrapartida, nos postos da Praça Miguel Cervantes, na Ilha do Leite, e na Praça da Independência, no bairro de Santo Antônio, havia policiais. "Estamos aqui, mas estamos em greve, só aguardando o batalhão recolher as armas, os colete e todo o material", afirmou o cabo Walmir, da unidade da Praça Miguel Cervantes.
"Ainda estamos aqui porque não podemos abandonar o posto. O batalhão está resolvendo os detalhes da manifestação, mas vai passar aqui para recolher o material", disse um policial que não quis se identificar. Segundo ele, as condições no posto são difíceis. "Às vezes, é quente e falta água. Não tem banheiro. Temos que nos virar", acrescentou.
Boatos
Com a notícia da greve, teve início uma série de boatos que repercutiram pelo Facebook, Twitter e Whatsapp. Houve informações de arrastões em frente a Faculdade Estácio do Recife, na Avenida Abdias de Carvalho, no bairro da Encruzilhada, na Avenida Agamenon Magalhães, no bairro do Pina e Boa Viagem, mas nada foi confirmado. Além disso, repostagens sobre 16 homicídios somente na noite desta terça-feira não são verídicas.
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