Em queda pela segunda semana consecutiva, a moeda norte-americana fechou no menor valor em 40 dias. O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (9) vendido a R$ 3,759, com queda de R$ 0,034 (-0,9%). A cotação está no menor valor desde 1º de setembro (R$ 3,689).
O dólar operou em queda durante todo o dia, mas com muitas oscilações. Na mínima do dia, por volta das 12h, chegou a ser vendido a R$ 3,726, mas o ritmo de queda diminuiu nas horas seguintes. A divisa tem queda de 5,21% em outubro, mas acumula alta de 41,4% em 2015.
Nesta sexta, o Banco Central (BC) continuou com o programa de rolagem de contratos de swap cambial (venda de dólares no mercado futuro), vendendo 10.275 contratos e rolando, até agora, 35% do lote total de US$ 10,278 bilhões que vence em novembro. Nessa operação, a autoridade monetária prorroga o vencimento dos papéis em circulação, sem leiloar novos contratos. Desde o fim de setembro, o BC não vende dólares das reservas internacionais com compromisso de recompra, quando o dinheiro volta para o banco depois de algumas semanas.
A cotação do dólar caiu em todo o planeta após a divulgação da ata da reunião do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano). No documento, integrantes do órgão informaram ser necessário esperar os efeitos da desaceleração da China antes de tomar alguma decisão quanto aos juros básicos dos Estados Unidos, atualmente no nível mais baixo da história, entre 0% e 0,25% ao ano.
A possibilidade de que o Fed adie o aumento de juros da maior economia do planeta desestimula a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil, para títulos do Tesouro norte-americano, considerados o investimento mais seguro do mundo. Os juros mais altos nos países emergentes ajudam a atrair capital financeiro, empurrando para baixo a cotação do dólar. (ABr)
Jornal do Commercio
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