O cargo é de prefeito, mas o salário é de governador. Dos mais ricos aos mais pobres, essa é a realidade em diversos municípios brasileiros. No interior paulista, o prefeito de Guaíra, Sergio de Mello (PT), recebe R$ 25 mil por mês, R$ 900 a mais do que o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) – R$ 24.117. A 162 quilômetros de Florianópolis (SC), Pomerode, uma típica cidade de interior e de tradição alemã, paga ao chefe do executivo, Rolf Nicolodelli (PMDB), R$ 18 mil. É o mesmo valor que Lagoa Grande, no sertão de Pernambuco, aprovou como salário para o prefeito Dhoni Robson (PSB). Todos eles, apesar de administrarem cidades de pequeno porte, têm remuneração maior do que a de muitos governadores.Os representantes de Pomerode e Lagoa Grande, por exemplo, ganham mais do que os governadores do Rio de Janeiro (R$ 20.300), Ceará (R$ 14.895) e Piauí (R$ 13 mil). O prefeito de Guaíra tem remuneração superior à do governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) – R$ 20.662.
As distorções são resultado da falta de parâmetros para a fixação dos subsídios de acordo com o tamanho dos municípios e da população. A única regra existente hoje é que o salário do prefeito não pode superar o teto constitucional federal, de R$ 28.059,29, pago aos ministros do Supremo Tribunal Federal. Portanto, um salário de prefeito maior que o do governador do estado, embora seja no mínimo inusitado, não é ilegal. (Do jornal O Globo)
As distorções são resultado da falta de parâmetros para a fixação dos subsídios de acordo com o tamanho dos municípios e da população. A única regra existente hoje é que o salário do prefeito não pode superar o teto constitucional federal, de R$ 28.059,29, pago aos ministros do Supremo Tribunal Federal. Portanto, um salário de prefeito maior que o do governador do estado, embora seja no mínimo inusitado, não é ilegal. (Do jornal O Globo)
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