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segunda-feira, 20 de maio de 2013

O povo quer saber o que o governo pensa sobre a reforma dos portos

Do Blog do Renato Riella


No Facebook, um jornalista contou história interessante (acho que foi Tão Gomes Pinto). Disse que Jânio Quadros, quando prefeito de São Paulo, queria eleger Silvio Santos para ser seu sucessor. Marcou um jantar com ele e foram conversando. Em determinado ponto, Jânio perguntou a Sílvio: “E como o senhor pretende aprovar na Câmara de Vereadores os projetos mais importantes da sua gestão?”

O homem de TV empostou-se e disse: “Os projetos apresentados serão realmente importantes e por isso todos os vereadores deverão mesmo aprová-los”.

Depois disso, Jânio mandou servir o jantar e nem falou nada sobre candidatura. Sílvio seria sempre um bom homem de TV.

A analogia se aplica à presidente Dilma, que tentou impor um projeto de reforma dos portos à Nação no estilo Sílvio Santos. Jânio, que renunciou à Presidência da República porque se sentiu impotente para enfrentar um Congresso Nacional de raposas felpudas, teria pena dela se estivesse vivo.

Graças à grande cobertura que a TV Globo deu à crise dos portos, na exportação de soja e outros produtos, todos sabemos que a proposta de Dilma Rousseff é importante. Só não sabemos ainda qual foi e qual é a proposta. Isso porque ela, tal como Sílvio Santos, encastelou-se na sua auto-certeza e não tentou vender suas “ideias geniais” para ninguém.

Por que a presidente Dilma não deu uma entrevista coletiva à imprensa sobre a reforma dos portos? Por que não enviou a sua proposta por meio de projeto de lei, em regime de urgência, em vez de usar a figura desgastada da medida provisória?

Porque ela vive no estilo Sílvio Santos de se relacionar com o Legislativo, onde se exige negociação, entendimento, pressão da opinião pública, pressão das áreas empresariais organizadas, etc. Não se aceita governo administrativo.

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