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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Governo admite que já passa de 500 o número de mortos no Egito



Praça Tahrir, em Cairo, é um dos palcos das manifestações no Egito (Lilian Wagdy/CC)

Brasília - Pelo menos 525 pessoas foram mortas nesta quarta-feira (14) durante as operações das forças de segurança do Egito para desmantelar dois acampamentos de simpatizantes do presidente deposto Mohammed Morsi.

Mas, segundo a Irmandade Mulçumana, grupo político que apoia Morsi, esse número já passa de 2 mil.

Um toque de recolher foi imposto pelo governo depois do dia mais sangrento no Egito desde a revolução pró-democracia que derrubou o ex-líder Hosni Mubarak, há dois anos.[E as tensões continuam no país: a Irmandade Muçulmana convocou protestos no Cairo e em Alexandria, e seus simpatizantes atearam fogo a dois edifícios governamentais nos arredores da capital, em retaliação aos eventos de quarta-feira.

Segundo a repórter da BBC no Cairo, Bethany Bell, o sentimento entre os egípcios é de incerteza, em meio a temores de mais violência.A matança também despertou reações da comunidade internacional. O presidente dos EUA, Barack Obama, condenou nesta quinta-feira a repressão oficial aos protestos, alegando "deplorar a violência contra civis", e advertindo que o Egito seguiu por um “caminho mais perigoso”.

Obama cancelou exercícios militares conjuntos com o Egito, previstos para o mês que vem, mas até o momento não cancelou a ajuda anual de US$ 1,3 bilhão que os EUA oferecem ao país árabe.
Navi Pillay, alta comissária de direitos humanos da ONU, pediu uma investigação independente para apurar os fatos no Egito.

"O número de mortos ou feridos, mesmo de acordo com as contas do governo, apontam para o uso excessivo - ou mesmo extremo - da força contra os manifestantes", disse Pillay.

BBC Brasil 

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