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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Justiça do Estado solta dono da Priples. Vai responder inquérito em liberdade

JC Imagem

O processo corre em segredo de Justiça, mas o Tribunal de Justiça do Estado (TJPE) acaba de conceder um Habeas Corpus em favor dos donos da empresa Priples, acusada de operar uma pirâmide em rede nacional, a partir de Pernambuco.

Com a decisão, Henrique Maciel Carmo Lima, 26 anos, vai poder responder ao inquérito em liberdade. Ele estava no Cotel e será liberado ainda hoje.

A esposa dele, Mirele Pacheco de Freitas, 22 anos, também foi beneficiada pela medida, mas somente poderá ser solta nesta sexta-feira, uma vez que o presídio em que se encontra recolhida já fechou. Mirele Pacheco está presa na Colônia Penal Feminina do Recife, no bairro do Engenho do Meio, Zona Oeste da cidade.

O despacho foi concedido pelo desembargador do TJPE Paulo Victor Vasconcelos de Almeida, atendendo um pedido de liminar apresentado pela banca Fernando Lacerda Filho e Eduardo Trindade.

O casal foi preso em casa no sábado 03 de agosto, no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, a partir de um pedido de prisão preventiva apresentado pela Polícia Civil de Pernambuco.

Henrique Maciel Carmo de Lima e Mirele Pacheco de Freitas foram presos sob suspeita de crime contra a economia popular e formação de esquema de pirâmide financeira. Na casa do casal foram encotrados carros de luxo, sendo uma Range Rover e um Camaro, e cerca de 300 mil dólares em espécie. Seis mandados de busca e apreensão haviam sido expedidos contra o casal.

HISTÓRICO

A empresa Priples diz trabalhar no sistema de marketing multinível, onde os divulgadores do produto (no caso da Priples são anúncios na internet) recebem ganhos de 60% mensais em cima do valor investido.

Em julho, dezenas de divulgadores da empresa fizeram fila na sede da Priples, localizada no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, por não terem recebido os pagamentos.

A maioria das pessoas estava na calçada, debaixo de sol forte, desde o início da manhã, sem ser atendida. Dentro da loja também havia muita gente, mas a reportagem do Jornal do Commercio foi impedida de entrar na empresa, que atua na internet fazendo perguntas aleatórias e prometendo remunerar quem atrair mais pessoas para acessar o site.

Por conta de atraso, alguns divulgadores entraram na Justiça contra a empresa, como o estudante de direito Rinaldo Moreira Cavalcanti, que decidiu entrar com uma medida cautelar de arresto para garantir os R$ 10 mil gastos para iniciar suas atividades na empresa.

Em julho, o caderno de Economia do JC publicou matéria explicando como funciona esse tipo de empresa, e alertando para os lucros fáceis prometidos.

Em se tratando de marketing multinível por si só não há chance de lucro, afirma a diretora executiva da Associação Brasileira das Empresas de Vendas Diretas (ABEVD), Roberta Kuruzu. “Travestir não é a palavra. Diria que essas empresas apenas se fantasiam de marketing multinível para disfarçar uma atividade que não tem nada a ver com comércio legítimo. Se há promessa de lucro fácil, sem atividade comercial por trás, já dá para desconfiar, né?”, questiona Roberta.

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