Forças russas tomaram o controle da Crimeia na semana passada. Separatistas pró-Moscou declararam a região parte da Rússia e marcaram um referendo para o dia 16 de março para confirmar a adesão; missão europeia também foi repelida com tiros ao tentar entrar no territorio
KIEV, 8 Mar (Reuters) - Um avião de controle de fronteira da Ucrânia foi alvejado enquanto sobrevoava nesta sábado uma área perto da fronteira administrativa com a região da Crimeia, que está sob controle da Rússia, informou a guarda de fronteira ucraniana.
Ninguém ficou ferido quando homens abriram fogo contra a aeronave desarmada, disse um porta-voz. O avião leve Diamond tinha três tripulantes a bordo em uma missão de observação, acrescentou o porta-voz.
Forças russas tomaram o controle da Crimeia na semana passada. Separatistas pró-Moscou declararam a região parte da Rússia e marcaram um referendo para o dia 16 de março para confirmar a adesão.
O governo russo afirma que não enviou tropas para a Crimeia além das que já possui normalmente na frota do mar Negro, uma declaração ridicularizada pelo Ocidente.
(Reportagem de Peter Graff)
Leia ainda reportagem anterior sobre tiros disparados contra uma missão europeia:
Missão europeia é repelida com tiros ao tentar entrar na Crimeia
VIENA, 8 Mar (Reuters) - Tiros de alerta foram disparados quando uma missão militar de observação desarmada da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) foi repelida ao tentar atravessar neste sábado para entrar na região ucraniana da Crimeia, informou o órgão de segurança europeu. Não houve feridos.
Foi o terceiro dia seguido em que a missão da OSCE tenta passar pelo istmo que liga a isolada península do mar Negro ao restante da Ucrânia.
Uma porta-voz da OSCE afirmou por email que a missão estava voltando para a maior cidade nas proximidades, Kherson, para decidir o que fazer. A missão foi convidada pelo governo ucraniano, mas autoridades separatistas da Crimeia disseram não ter dado permissão para que os membros entrem na região.
Forças russas tomaram o controle da região na semana passada, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou que Moscou tem o direito de invadir a Ucrânia para proteger cidadãos russos na localidade.
Moscou afirmou que não enviou tropas além das que já possui normalmente na frota do mar Negro, algo que os Estados Unidos classificaram como "ficção de Putin".
(Reportagem de Georgina Prodhan)
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