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segunda-feira, 21 de abril de 2014

Armando vê adesão como sinal de fraqueza



Armando Monteiro Neto garante que há muita gente do lado governista querendo apoiá-lo (Foto: Bruno Campos)

O pré-candidato ao Governo de Pernambuco pelo PTB, o senador Armando Monteiro Neto, usou de ironia ao repercutir a troca de palanque feita pelo prefeito no município de Gravatá, Bruno Martiniano (PTB), que se aliou à chapa majoritária encabeçada pelo ex-secretário da Fazenda, Paulo Câmara (PSB), no último sábado. “Essa decisão de Bruno tem muito a ver com a Semana Santa, onde temos Cristo, muitos Judas e até Maria Madalena”, disparou. O petebista, mesmo sem mostrar ressentimentos, alegou que esse assunto já é “passado” dentro do partido. “Vamos fazer a seguinte equação: pressão e coação, versus insegurança e fragilidade é igual ao adesismo. Quando uma pessoa é frágil, é fraca, ela está sucessível a ceder quando é coagida. Mas quando ela tem firmeza e princípios, essas coisas podem até acontecer, mas nada muda”, disse Neto.

O prefeito Bruno Martiniano declarou seu apoio não só à chapa completa da Frente Popular – Paulo Câmara, Raul Henry (PMDB) e Fernando Bezerra Coelho (PSB) -, como também pedirá votos ao presidenciável socialista Eduardo Campos, ao invés de Dilma Rousseff, como seu partido já decidiu. O anúncio foi feito no último sábado, no Hotel Portal de Gravatá, e contou com cerca de 300 participantes. “É uma honra estar recebendo o seu apoio Bruno, pois sei o quanto você é responsável e verdadeiro em suas atitudes. Este encontro só vem comprovar uma palavra que norteia o nosso projeto “União”. Somos um time preparado para o avanço”, enfatizou Câmara.

No mesmo lugar, há dez dias atrás, durante a realização do Congresso Estadual de Vereadores e Servidores de Câmara e Prefeituras Municipais de Pernambuco, promovido pela União dos Vereadores (UVP), Armando Monteiro Neto disse que foi saudado pelo gestor petebista como “meu governador”. “Veja bem, existem questões na política que conseguimos explicar, mas existem questões de caráter que não há o que se explicar”, afirmou.

A tranquilidade de Armando Neto pode ser justificada pelo fato de que há socialistas que também estão interessados em subir no seu palanque. “Se você soubesse o quanto tem de pessoas do PSB que querem vir para o nosso lado, apesar da patrulha… Mas não estamos no poder, não agimos coagindo as pessoas”, criticou. Na quinta-feira passada, o petebista recebeu apoio do vice-prefeito de Taquaritinga do Norte, Ivanildo Bezerra (PDT), e mais dois vereadores socialistas da mesma cidade. Talvez por isso, o dirigente do PTB não pretende fazer uso da Lei de Fidelidade Partidária contra o prefeito de Gravatá.


Por Mirella Araújo
Da Folha de Pernambuco

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