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sábado, 21 de novembro de 2015

Qual vai ser a próxima? "Nyong Nyong" o novo vírus transmitido pelo mosquito transmissor da dengue.


O mosquito Aedes aegypti, conhecido por transmitir doenças graves como a dengue, a febre chikungunya e a zika, também transmite uma nova virose descoberta por especialistas: a nyong-nyong.

Assim como nas outras viroses, a febre é um dos sintomas mais comuns, segundo o infectologista Rivaldo Venâncio. “No caso do vírus nyong-nyong, ele pertence à mesma família, ao mesmo vírus da família chikungunya, vírus que dão acometimento primariamente mais intenso nas articulações”, explicou.

Por isso, onde há dengue, há mosquito Aedes aegypti e também podem ocorrer doenças semelhantes. Segundo o último boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), 64 dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul têm alta incidência da dengue. Foram mais de 30 mil casos notificados.

Segundo o médico patologista e pesquisador da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal da Bahia (UFB), Mitermayere Galvão dos Reis, Mato Grosso do Sul pode ter em breve epidemias de zica, chikungunya e nyong-nyong, provocada por novo vírus descoberto.

Para controlar o vírus em caso de epidemia, ele acrescenta que é preciso desenvolver políticas públicas específicas para medidas de contenção, como o controle do mosquito em determinada área, por exemplo.

Disseminação

Atualmente, a disseminação dos vírus pelo planeta ocorre com mais rapidez que no passado, segundo o especialista. “No passado os vírus eram transmitidos pelas aves migratórias. Levava cinco ou seis meses para que um vírus que aparecia na Ásia chegar ao Brasil ou ao Polo Norte. Hoje, com os aviões, o indivíduo pode se infectar lá na Ásia e dois dias depois ele está aqui no Brasil com o vírus”, afirmou Reis.

De acordo com ele, em terras estrangeiras, onde há um mosquito apropriado para transmissão, como o Aedes aegypti no Brasil, existe a possibilidade do vírus ser difundido e ocorrer uma epidemia.

Ainda segundo especialistas as pessoas infectadas com esse vírus podem sentir dores causadas pela doença por até 3 anos.


J. Silva / G1



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