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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Governo Federal vê risco de racionamento de energia



Da Agência Estado

Tachada como “ridícula” pela presidente Dilma Rousseff há duas semanas, a hipótese de racionamento de energia entrou no radar do governo com a constante queda dos níveis dos reservatórios.

“A questão é que agora passamos a considerar algo que antes não fazia sentido pensar”, disse uma fonte da área técnica. “O nível dos reservatórios está baixando, então não podemos fechar os olhos.”
Governo Federal prevê gasto menor de estatais

A possibilidade de se repetir em 2013 o “apagão” de 2001 é, porém, considerada pequena tanto no governo quanto no setor privado, embora a Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) tenha sugerido nesta segunda-feira (7) que os grandes consumidores avaliem “a redução voluntária de suas demandas neste momento”, numa espécie de racionamento “branco”.

O risco maior é de aumento nas tarifas. Nesse caso, o corte nas contas de luz prometido pela presidente Dilma em rede de rádio e TV, em setembro, pode ficar menor do que o originalmente estimado, já que as térmicas - mais caras - continuarão em operação por mais tempo.

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), órgão do governo responsável por acompanhar e avaliar o suprimento de energia no País, se reúne nesta quarta-feira (9) para avaliar a situação. O Ministério de Minas e Energia diz que é um encontro rotineiro, já agendado. Ainda assim, houve nervosismo no mercado financeiro.

Apesar do início do período úmido, o nível dos reservatórios só cai desde novembro. A expectativa era que as chuvas de dezembro melhorassem o nível dos lagos. Mas a combinação entre volume baixo de água e consumo elevado com o calor piorou a situação. No subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que tem 70% do armazenamento do País, os reservatórios estão em 28,5%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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