Uma das principais lideranças petistas no governo Dilma Rousseff (PT), o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, avaliou, nesta quarta-feira (9), que a união de Eduardo Campos e Marina Silva pode beneficiar a presidente na sucessão presidencial do próximo ano.
Paulo Bernardo garantiu, em entrevista, que Dilma Rousseff está “muito tranquila nesse aspecto”. “[A presidente] está fazendo um bom governo, tem apoio. Se você olhar qualquer quadro, qualquer pessoa que entenda de eleição vai dizer que ela é favorita”, disse.
De acordo com o ministro, campanha presidencial no Brasil “não tem hipótese de ser fácil”. “É sempre muito disputada, nossa história tem mostrado isso. Então, com certeza, vamos ter, no ano que vem, uma eleição muito disputada. Sempre acho que temos que considerar que a eleição tem dois turnos. Mas, com essa mudança, diminuiu a possibilidade de segundo turno. Retirou pelo menos um candidato [da disputa]”, afirmou.
O vice escanteado - O ministro destacou que, caso o governador Eduardo Campos e a ex-senadora Marina Silva componham uma chapa única, um dos potenciais candidatos à Presidência da República deixaria a disputa automaticamente ao passar a concorrer à vice-presidência, um cargo que, segundo ele, não atrai tantos votos.
“No Brasil, ninguém vota por causa do vice. As pessoas votam no candidato. Precisamos saber quem vai ser o candidato. Ela [Marina] está falando claramente que pode ser também candidata. Então temos que observar isso com tranquilidade até o ano que vem”, disse o ministro.
Paulo Bernardo também avaliou que a aliança entre os dois políticos não resulta em tempo extenso de propaganda política em rádio e televisão. “A aliança dos dois não agregou tempo de televisão, que é uma coisa importante. Não agrega necessariamente mais peso. Acho que fizeram uma boa articulação política, pode ser que isso se desenvolva bem, pode ser que não”, pontuou.
fonte Valor
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