O governador Eduardo Campos (PSB) afirmou nesta segunda-feira (28) que seu partido irá lançar até dezembro deste ano uma prévia do programa de governo da candidatura ao Palácio do Planalto. Hoje, a cúpula do PSB se reuniu, em São Paulo, com integrantes da Rede Sustentabilidade para começar a elaborar um programa de governo conjunto. "Estamos iniciando a discussão. Vamos ter um documento de referência até dezembro", prometeu Eduardo durante o encontro.
A reunião de trabalho desta segunda-feira foi o primeiro encontro programático entre o PSB e a Rede desde que a ex-senadora Marina Silva anunciou sua filiação à legenda comandada pelo governador pernambucano, no último dia 5 de outubro.
Durante entrevista coletiva concedida durante o evento, Marina foi indagada sobre se ela se incomodava com as alianças costuradas por Eduardo no Governo de Pernambuco - o dirigente abriga 14 partidos em sua administração estadual.
Ao responder aos repórteres, a ex-senadora enfatizou que se as alianças do pernambucano fossem "fisiológicas" ele não seria o governador mais bem avaliado do país. "Se fosse uma gestão puramente fisiológica, [Eduardo] não seria o governador mais bem avaliado do país", ressaltou.
Apesar de defender as alianças costuradas pelo presidente do PSB, Marina ponderou que as parcerias eleitorais no país devem ser negociadas com base em programas, e não "pura e simplesmente como foco em nomeações e reposições de cargos".
Sentado ao lado da ex-ministra do Meio Ambiente, Eduardo afirmou que PSB e Rede têm "muita identidade". "As pessoas que militam no PSB têm perfeita compreensão do papel que a Rede tem para a política brasileira", destacou o governador.
Questionado sobre o fato de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atuar como cabo eleitoral de Dilma Rousseff (PT), Eduardo Campos evitou polemizar. "Cada um faz o que pode, do jeito que pode", ironizou.
G1.
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