Por Marcos Oliveira*
O Ministério Público pediu a cassação do prefeito e presidente da Amupe, José Patriota (PSB), de sua vice, Lúcia Moura (PTC) e do presidente da Câmara de Vereadores Augusto Martins (PTB).
O promotor Oscar Nóbrega ainda pede a anulação dos votos, a cassação do diploma, a inelegibilidade por oito anos dos citados, multa e uma eleição suplementar no município de Afogados da Ingazeira. A solicitação da investigação realizada pela Polícia Federal foi feita na época a pedido da Promotora Eleitoral Ana Clézia Nunes, quando ainda estava à frente do órgão.
O advogado da frente popular Carlos Marques minimizou a situação dizendo que a tal ‘Pasta Vermelha’ encontrada no veículo no dia da eleição não quer dizer nada. Em seu entendimento, não tem força de substanciar uma condenação, diferente do que pensa o MP, que subsidiado de provas pediu a cassação do prefeito.
A famosa pasta vermelha encontrada com Janaina Sá, cabo eleitoral da Frente Popular continha nomes de supostos beneficiários e foi apreendida pela própria Polícia Federal no dia da eleição.
O parecer do MP seguirá para a Juíza Maria da Conceição Godoi Bertholini dar a sentença, o que já pode ocorrer nos próximos dias.
A verdade é que não é fácil a situação do prefeito José Patriota. As denúncias são graves, as provas convincentes. Ao ponto do Ministério Público entender que houve crime eleitoral, corrupção eleitoral e até formação de quadrilha.
Se for absolvido, Patriota tirará um grande fardo das costas. Se for condenado, esse fardo ficará mais pesado ainda. Será uma repercussão negativa não só no município de Afogados da Ingazeira onde ele é o prefeito, mas em todo o estado. Patriota é presidente da AMUPE e o fato trará grande repercussão.
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