Em convenção realizada nesta segunda-feira (30), em Brasília, o DEM oficializou apoio à candidatura presidencial do senador mineiro Aécio Neves (PSDB). A decisão foi feita por aclamação e na presença do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), que horas antes foi confirmado como vice na chapa de Aécio.
Na ocasião, o presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia, também foi anunciado como coordenador de campanha de Aécio.
A convenção do DEM contou com uma presença reduzida da militância. Menos de cem democratas ocuparam o auditório em que foi oficializado o apoio.
Ao agradecer a adesão da legenda, Aécio Neves criticou o atual governo e ressaltou que a aliança se baseada no "desprendimento" ."Não queremos ganhar as eleições, queremos construir um país diferente. Não queremos um país dividido entre nós e eles. Queremos um Brasil onde todos possam ter mais saúde, mais educação e infraestrutura adequada", afirmou o tucano para, em seguida, tocar em temas do setor econômico.
"Queremos uma aliança para retomar o crescimento sustentável. O Brasil não pode se contentar em ser o lanterna de crescimento na nossa região. Queremos a política fiscal que resgate a confiança do investimento para que o país, crescendo, possa debelar o fantasma da inflação", ressaltou.
Aécio também criticou o que chamou de "cooptação" de aliados por parte do atual governo. "O Brasil vai mudar a partir dessa nossa aliança de homens e mulheres de bem que não se submeteram durante 12 anos a esse governismo de cooptação que ultrapassa todos os limites que poderiam ser aceitáveis".
No trecho final do discurso, Aécio Neves condenou ainda o que classificou como campanha do medo feita pelo atual governo ao comparar a atual gestão com a do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). "Se os nossos adversários escolheram o discurso do medo, do ódio, da divisão perversa desse país, nós vamos falar de futuro, de esperança".
Além do DEM, o PSDB contará com uma aliança presidencial com a participação do Solidariedade, PTB, PCT, PTN, PMN e PTdoB. Dessa forma, Aécio Neves deve somar cerca de 4 minutos para a campanha de rádio e televisão, menos da metade do que o previsto para a campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).
Estadão Conteúdo.
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